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tragédia e contemporainedade

Na virada de janeiro para fevereiro de 2020, portanto cerca de um mês antes de a pandemia do novo coronavírus explodir e modificar o mundo como o conhecíamos, o MÀLI TEATRO, coletivo que reúne profissionais de diversas áreas, iniciou os estudos visando sua nova montagem teatral. Ao contrário do que se poderia supor, as condições impostas pela pandemia acabaram mobilizando o grupo e intensificando seus estudos. Da psicanálise à filosofia, passando pela pesquisa da obra de um sem número de artistas de todas as áreas e períodos, o grupo fez uma espécie de radiografia das peças trágicas gregas e seus principais autores, o que nos levou a definição de nossos objetivos no pós pandemia: o destrinchar da antiguidade clássica e suas reverberações nos dias de hoje.

“Não Te Pareço Vivo?”: Tragédia e Contemporaneidade, é o nome dado pelo Màli a uma série de ações, eventos, bem como aos estudos incluídos no processo de sua nova montagem, prevista para estrear em 2023. Além da criação do espetáculo e da divulgação de suas ações durante esse período, tem como objetivo a formação de uma comunidade em torno da pesquisa do grupo, e  tem em seu cerne a missão e o dever de trazer à tona assuntos de extrema relevância social e absolutamente atuais, tais como: o exílio, a condição da juventude nos momentos de crise,  a fortificação das pulsões de morte com as novas investidas de necropolíticas que desamparam as minorias espalhadas pelo mundo contemporâneo, os desdobramentos da violência maciça e histórica contra as mulheres. Além disso, o projeto mira no debate acerca da ancestralidade trágica dessas questões inerentes aos agrupamentos sociais na cronologia da humanidade e às perspectivas encontradas pela juventude através dos tempos nesses contextos. Acreditamos, como é sabido desde Aristóteles, que a identificação do indivíduo e suas questões íntimas com aquilo que é representado em uma obra (isso acontece de especial maneira com obras, imagens e temas que remetem a um espaço e tempo aparentemente distantes), pode gerar nas pessoas um processo de purificação e pertencimento ao mundo, amalgamando suas trajetórias com a trajetória dos humanos em todos tempos. A arte dá sentido à vida.

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